quinta-feira, 3 de novembro de 2011

...

Centro Educacional Azevedo Lima
Aluna: Thalia Marzula
Número: 30
Professora: Jaqueline
Tema: Ditadura Militar

Ditadura Militar - Fotos



Um regime apoiado na repressão.

O Regime autoritário instituído em 1964 durou 21 anos. Nesse regime, a escolha dos governadores era feita pelos chefes militares. A aparência da democracia era garantida por votações do Congresso Nacional, que, com atuação limitada, servia apenas para oficializar escolhas em que os parlamentares não tomavam parte. Os militares governavam por meio de Atos Institucionais, que conferiam poderes excepcionais ao presidente, suspendendo os direitos e garantias individuais estabelecidos na Constituição de 1946. Mas a face mais dura do regime militar consistiu na instalação de inquéritos contra os opositores. Na investigação desses inquéritos, prisões e torturas tornaram-se práticas comuns. Os principais alvos da repressão efetuada pelos militares eram os estudantes, os líderes das Ligas Camponesas e os dirigentes dos sindicatos.

Avanço da mobilização social e o golpe.

As críticas ao governo de Jango tinham origem também nas dificuldades de que atingiam a economia brasileira. A inflação anual, por exemplo, cresceu de 26,3% em 1960 para 78,4% em 1963. O crescimento do PIB, que tinha sido de 5,3% em 1962, caiu para 1,5% em 1963. A resposta dos setores de direita foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, manifestação realizada em São Paulo que mobilizou milhares de pessoas favoráveis à deposição de Jango. A radicalização da esquerda e da direita era cada dia maior. No meio urbano, cresceu o número de greves, chegando a 172 em 1963, quase seis vezes maior que em 1958. Os estudantes se mobilizavam defendendo uma aliança estudantil com os operários e os camponeses. Os militares assumiram o poer e instituíram um regime autoritário.

Batalha pela posse de Jango.

Após a renúncia de Jânio Quadros, o vice João Goulart deveria assumir a presidência da república. Porém, embora Jango fosse muito popular entre os trabalhadores, era visto com desconfiança pelas elites conservadoras, que o identificavam com a ameaça comunista. Preocupados com esse perigo, alguns setores conservados das Forças Armadas tentaram impedir a posse de Jango, que fazia uma viagem à China. No Rio Grande do Sul, porém, em 1961, a Campanha da Legalidade, liderada por Leonel Brizola, governador do estado, conseguiu garantir a posse de Jango.

Ditadura Militar

A Ditadura Militar no Brasil teve uma duração de 21 anos,  iniciando em 1964 e tendo seu término em 1985. Resultou do golpe dado pelos militares em 31 de Março de 64, com o afastamento de então presidente João Goulart e a subida ao poder do Marechal Castelo Branco. Obviamente que o golpe não ocorreu de uma hora para a outra. Em um contexto de fortes disputas ideológicas e ameaças entre o modelo capitalista, encabeçado pelos Estados Unidos e as potências ocidentais, e o socialismo, liderado pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), alguns historiadores acreditam que o golpe já vinha sendo ensaiado desde os últimos anos de Getúlio Vargas no poder, nos idos de 1954. Com a Renúncia do mineiro Jânio Quadros em 1961 e a chegada de João Goulart, o Jango, as classes conservadoras brasileiras temiam um aumento da ideologia socialista dentro do país. O golpe se deu depois de uma grande mobilização das tropas mineiras e paulistas, que culminou na renúncia de Jango e no início da era Castelo Branco. Seu governo foi caracterizado por uma posição autoritária e pela criação da Constituição de 1967, que positiva o governo militar no Brasil e todos os seus braços de atuação. Neste mesmo ano, através de eleições indiretas do Congresso Nacional, assume o General Arthur da Costa e Silva. A democracia ficou cada vez mais negligenciada com Costa e Silva no poder, e a linha dura era defendida pelos militares que figuravam no poder. O fim do seu período foi conturbado, sendo que em 28 de Agosto de 1969 foi diagnosticado uma doença grave no General, que foi afastado do poder e não teve seu sucessor natural, o vice presidente Pedro Aleixo, como presidente. Um junta militar composta por ministros das Forças Áereas, da Marinha e do Exército assumiu o poder nos primeiros dias de Setembro, ficando até 30 de Outubro, quando foram substituídas pelo novo presidente, Emílio Garrastazu Médici. Com um governo compenetrado em combater os idealismos de esquerda e fortalecer a moral e o otimismo do povo brasileiro, o General Médici  soube conciliar forças para buscar seus objetivos. Uma campanha com slogans e músicas ficou famosa, e uma música em especial marcou o período: Este é um país que vai pra frente. Outro ponto de destaque do seu governo foi o Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), orquestrado pelo então Ministro da Fazenda Delfim Neto. Ele era focada na produção, abertura de mercado para o capital estrangeiro e investimentos em infra-estrutura. Foi um momento conhecido como “milagre econômico”, pois trouxe um considerável aumento do PIB. Entretanto, não é considerado por todos um real momento de avanço, pois vinculou todo o esforço brasileiro a empresas e interesses estrangeiros, primordialmente norte-americanos, caracaterizando-se assim por um desenvolvimento atrelado, condicionado e longe de ser autónomo. Ernesto Geisel sucedeu Médici em 1974,  e em seus 5 anos no poder representou um gigantesco endividamento externo e interno, decretando o fim do “milagre econômico”. Geisel pode ser visto como um militar que questionou de certa forma o conceito de linha dura, e que tentou implantar uma ainda ténue mas prática transição para um ainda distante regime democrático.  Mas vale lembrar que a censura e outras práticas anti-democráticas ainda eram corriqueiras. O último presidente da ditadura foi o General Figueiredo (1979-1985). Em um governo com rodeado por uma forte crise internacional, inflação altíssima efortes quedas do PIB, Figueiredo foi o responsável pelo abertura democrática do regime ditatorial, com medidas como a criação de eleições diretas para governadores.